sexta-feira, 8 de junho de 2012

Resenha: LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora?



LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2001

                                       Resenha


José Carlos Libâneo é doutor em filosofia e História da Educação pela PUC-SP.  Em São Paulo, até 1972, foi diretor de escola pública, professor em instituições de ensino superior e colaborar em projetos da Secretaria de Educação Estadual. Em Goiânia, trabalhou na Secretaria de Educação em programas de formação e capacitação profissional de professores. Professor titular da Faculdade de Educação na Universidade Federal de Goiás. Coordenou por quatro anos o Mestrado de Educação. Atualmente é professor na Universidade Católica de Goiás. Escreveu Democratização da escola Pública; a pedagogia crítico-social dos conteúdos (ed. Loyola), didática (Cortez, 1994), Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente (2001) co-autor em seis livros. Pesquisa e publica artigos em revistas especializadas sobre teoria da Educação, Didática e Organização Escolar.



Neste livro o autor fala sobre a freqüência de novas exigências na docência, umas dessas afirmações é que a profissão de professor está fora de moda, de que ela perdeu seu lugar na sociedade repleta de meios de comunicação e informação, afirma também que, além do que, existem dificuldades, através dos meios convencionais, para se preparar professores para usar adequadamente as novas tecnologias. É preciso formá-los do mesmo modo que se espera que eles atuem.

O autor destaca que, muitos professores temem perder o emprego, outros se apavoram quando são pressionados a lidar com equipamentos eletrônicos, em base nessa afirmação, destaca também a importância da formação de professores em novas tecnologias permitindo que cada professor perceba, desde sua própria realidade, interesses e expectativas, como as tecnologias podem ser úteis a eles. O autor aponta as tentativas para incluir o estudo das novas tecnologias nos cursos de formação de professores e com isso esbarram nas dificuldades com o investimento exigido para a aquisição de equipamentos, e na falta de professores capazes de superar preconceitos e práticas que rejeitam a tecnologia.
O autor propõe que o professor tenha o conhecimento das novas tecnologias e da maneira de aplicá-las, e incorporando na sua metodologia, é preciso que essa escola tenha propostas e critérios para sua utilização, professores que as conheçam, e possa não somente criar as suas aulas, mas também, fazer com que estes meios tecnológicos venham proporcionar avanços positivos no processo de ensino e aprendizagem.
 Segundo o autor, os professores, precisam acompanhar o desenvolvimento da sociedade, e buscar com esses meios uma forma de não somente trazer essas informações para sala, como também enriquecer as aulas, e assim, está em dia com a cultura de seu tempo, e com ela ter uma visão de mundo. A formação de professores em novas tecnologias permite que cada professor perceba, desde sua própria realidade, interesses e expectativas, e como as tecnologias podem ser úteis a ele.
Aponta também, que muitos já admitem que melhor escola seja a que ensina por meio de computadores, porque prepararia melhor para a sociedade informacional e destaca que o educador  precisa compreender que, as tecnologias na escola são para fazer coisas novas.  O aluno utilizando metodologias adequadas, poderá utilizar estas tecnologias na integração de matérias. O autor afirma que a escola passa a ser um lugar mais interessante á capacitação do aluno, possibilitando formá-lo um usuário independente da informação, capaz de usar vários tipos de informação e meios de comunicação eletrônica que prepararia o aluno para o seu futuro.
Através da leitura deste livro entende-se  a necessidade de  representar a importância e função que a escola e o professor exerce diante a sociedade, enfrentando as dificuldades da modernidade e inovação tecnológica. É retratado no texto o profissionalismo exigente cada vez mais ao ingresso no mercado de trabalho ao qual encontra muito mais informatizado.

Observamos o quanto ás idéias apresentadas neste livro são pertinentes para uma melhor qualidade na educação, e que o professor seja um orientador do desenvolvimento individual e coletivo, e que saiba manusear os instrumentos que as tecnologias proporcionam, representando assim os modos de viver, e de pensar civilizados, específicos dos novos tempos.




Sonilma Martins S. Pergentino
RA:  B406997

Variação linguística - Aula 3


Variação linguística

A variação linguística é o modo pelo qual, se diferencia como os falantes de um mesmo idioma se manifestam verbalmente. 
A língua não é usada de modo homogêneo por todos os seus falantes. O uso de uma língua varia de época para época, de região para região, de classe social para classe social, e assim por diante. Nem individualmente podemos afirmar que o seu uso seja uniforme.
Dependendo da situação, uma mesma pessoa pode usar diferentes variedades de uma só forma da língua.
É importante observar que o processo de variação ocorre em todos os níveis de funcionamento da linguagem, sendo mais perceptível na pronúncia e no vocabulário.

Vale a pena lembrar algumas diferenças

Na língua falada, há entre falante e ouvinte um intercâmbio direto, o que não ocorre com a língua escrita, na qual a comunicação se faz geralmente na ausência de um dos participantes. Na fala, as marcas de planejamento do texto não aparecem, porque a produção e a execução se dão de forma simultânea, por isto o texto oral é pontilhado de pausas, interrupções, retomadas, correções, etc...

 Isto não se observa na escrita, porque o texto se apresenta acabado, houve um tempo para a sua elaboração. É bom lembrar ainda que não se deve associar língua falada a informalidade, nem língua escrita a formalidade, porque tanto em uma quanto em outra modalidade se verificam diferentes graus de formalidade. Podem existir textos muito formais na língua falada e textos completamente informais na língua escrita.

A língua escrita, estática, mais elaborada e menos econômica, não dispõe dos recursos próprios da língua falada. A possibilidade de gestos, olhares, piscadas, etc., fazem da língua falada a modalidade mais expressiva, mais criativa, mais espontânea e natural, estando, por isso, mais sujeita a transformações e a evoluções.
Nenhuma, porém, se sobrepõe a outra em importância. Nas escolas principalmente, costuma se ensinar a língua falada com base na língua escrita, considerada superior.
A nós professores cabe ensinar as duas modalidades, mostrando as características e as vantagens de uma e outra, sem deixar transparecer nenhum caráter de superioridade ou inferioridade, que na verdade não existe.

Níveis de variação linguística

É importante observar que o processo de variação ocorre em todos os níveis de funcionamento da linguagem, sendo mais perceptível na pronúncia e no vocabulário. Esse fenômeno da variação se torna mais complexo porque os níveis não se apresentam de maneira estanque.
Nível fonológico - por exemplo, o l final de sílaba é pronunciado como consoante pelos gaúchos, enquanto em quase todo o restante do Brasil é vocalizado, ou seja, pronunciado como um u; o r caipira; o s chiado do carioca.
Nível  morfossintático - muitas vezes, por analogia, por exemplo, algumas pessoas conjugam verbos irregulares como se fossem regulares: "manteu" em vez de "manteve", "ansio" em vez de "anseio"; certos segmentos sociais não realizam a concordância entre sujeito e verbo. Isto ocorre com mais frequência se o sujeito está posposto ao verbo. Há ainda variedade em termos de regência: "eu lhe vi" ao invés de "eu o vi".
Nível vocabular - algumas palavras são empregadas em um sentido específico de acordo com a localidade. Referindo se a uma criança do sexo masculino, em Portugal diz-se "miúdo", ao passo que no Brasil usa-se " moleque", "garoto", "menino", "guri"; as gírias são, tipicamente, um processo de variação vocabular.

Variação de registro
As variações de registro podem ser de três tipos: grau de formalismo, modalidade e sintonia. Cada tipo não aparece isolado, eles se correlacionam.
Para se fazer entender, qualquer pessoa precisa estar em sintonia com o seu interlocutor e isto é facilmente observável na maneira como nos dirigimos, por exemplo, a uma criança, a um colega de trabalho, a uma autoridade. Escolhemos palavras, modos de dizer, para cada uma dessas situações. Tentar adaptar a própria linguagem à do interlocutor já é realizar um ato de comunicação. Pode-se dizer que o nível da linguagem deve se adaptar à situação.


O conceito de erro em língua

Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos casos de ortografia. O que normalmente se comete são transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num momento íntimo do discurso, diz: "Ninguém deixou ele falar", não comete propriamente erro; na verdade, transgride a norma culta.
Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, transgride tanto quanto um indivíduo que comparece a um banquete trajando xortes  ou quanto um banhista, numa praia, vestido de fraque e cartola.
Releva considerar, assim, o momento do discurso, que pode ser íntimo, neutro ou solene.
O momento íntimo é o das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre amigos, parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas perfeitamente normais construções do tipo:
Eu não vi ela hoje.
Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a norma culta, deixando mais livres os interlocutores.
O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que é a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se por base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se alteram:
Eu não a vi hoje.
Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume. Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o comete, passando, assim, a constituir fato linguístico registro de linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda que não tenha amparo gramatical.


Língua popular (informal)
A linguagem coloquial, informal ou popular é aquela linguagem que não é formal, ou seja, não segue padrões rígidos, é a linguagem popular, falada no quotidiano.
O nível popular está associado à simplicidade da utilização linguística em termos lexicais, fonéticos, sintáticos e semânticos. Esta decorrerá da espontaneidade própria do discurso oral e da natural economia linguística. É utilizado em contextos informais.
Sendo mais espontânea e criativa, a língua popular se afigura mais expressiva e dinâmica. É aquela que usamos no dia-a-dia, nas conversas informais com amigos, no bate-papo e no bilhete para a empregada ou para o filho que irá chegar, com as instruções para o jantar. Descontraída, dispensa formalidades e aceita gírias, diminutivos afetivos e termos regionais.

Língua culta (formal)
Forma linguística que todo povo civilizado possui, é a que assegura a unidade da língua nacional. E justamente em nome dessa unidade, tão importante do ponto de vista político-cultural, que é ensinada nas escolas e difundida nas gramáticas.
A língua funcional de modalidade culta, que compreende a língua literária, tem por base a forma linguística utilizada pelos segmentos mais cultos e influentes de uma sociedade. Constitui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comunicação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colaborando na educação.


A gíria
O mal maior da gíria reside na sua adoção como forma permanente de comunicação, desencadeando um processo não só de esquecimento, como de desprezo do vocabulário oficial. Usada no momento certo, porém, a gíria é um elemento de linguagem que denota expressividade e revela grande criatividade, desde que, naturalmente, adequada à mensagem, ao meio e ao receptor.
Ainda que criativa e expressiva, a gíria só é admitida na língua falada. A língua escrita não a tolera, a não ser na reprodução da fala de determinado meio ou época, com a visível intenção de documentar o fato, ou em casos especiais de comunicação entre amigos, familiares, namorados, etc., caracterizada pela linguagem informal.

 Os jargões
Jargão é o modo de falar específico de um grupo, geralmente ligado à profissão. Existe, por exemplo, o jargão dos médicos, o jargão dos especialistas em informática, etc...
Imagine que você foi a um hospital e ouviu um médico conversando com outro. A certa altura, um deles disse:
"Em relação à dona Fabiana, o prognóstico é favorável no caso de pronta-suspensão do remédio."
É provável que você tenha levado algum tempo até entender o que o médico falou. Isso porque ele utilizou, com seu colega de trabalho, termos com os quais os dois estão acostumados. Com a paciente, o médico deveria falar de uma maneira mais simples. Assim:
"Bem, dona Fabiana, a senhora pode parar de tomar o remédio, sem problemas".
Uma mesma pessoa pode escolher uma forma de linguagem mais conservadora numa situação formal ou um linguajar mais informal, em situação mais descontraída. Quantas vezes, isso não acontece conosco, no cotidiano? Na família e com amigos, falamos de uma forma, mas numa entrevista para procurar emprego é muito diferente.


 Gêneros da variação linguística

Faixa etária
Palavras que variam ao longo das gerações, cada idade possui uma especificidade em sua fala. Um jovem de 18 anos não usa os mesmos termos que um homem de 40 anos, pois a língua se transforma com o tempo.

Sexo
Homens e mulheres falam de maneiras distintas, de acordo com os padrões sociais que lhes são culturalmente condicionados.

Status socioeconômico
Desigualdade na distribuição de bens materiais e culturais, que reflete em diferenças sociolinguísticas.
Na maioria das vezes pessoas de status econômico mais baixo possui uma linguagem mais coloquial do que quem status mais alto.

Grau de escolaridade
 Anos de escolarização e qualidade da escola que frequentou.

Mercado de trabalho
Cargo ou atividade que um indivíduo desempenha dentro de seu trabalho.

Rede social
Pessoas com quem convivemos e interagimos no nosso dia a dia. A variação linguística portanto, é resultado das interações sociais.
Mas de um modo geral podemos separar a variação em dois parâmetros:
A variação geográfica (diatópica) e a variação social (diastrática),

Dimensões que propiciam as variedades linguísticas


Variação histórica

A variação histórica acontece ao longo de um determinado período de tempo, pode ser identificada ao se comparar dois estados de uma língua. Ao lermos alguns textos, na íntegra, do século XVII e XVIII nos deparamos com registros linguísticos que diferem com os de hoje. Alguns termos se tornaram obsoletos, outros permaneceram, mas com algumas alterações. Como exemplo, citamos o desuso de expressões com mesóclise: constatamos sua estranheza quando alguém lê trechos bíblicos com uma linguagem mais antiga. Os ouvintes tendem a demonstrar falta de familiaridade com esses termos, porém, apesar disto , muitas vezes concebem o teor de entendimento; uma vez que incoerências locais não destituem do texto a coerência.
 As manifestações que se operam no sistema linguístico sempre têm origem nas necessidades expressivas. O processo de mudança é gradual, não acontece de repente. Uma variante inicialmente utilizada por um grupo restrito de falantes passa a ser adotada por indivíduos socialmente mais expressivos e ao cair em uso torna-se uma norma; a partir daí, temos uma variante como verdade.
Neste caso temos:
Jovens ao desconhecer a existência de algumas palavras ao se depararem com essas, se interessam e as lançam em seus grupos sob novo significado ou com o mesmo mas tendo sempre como ideia primária o modismo.
Portanto, quanto à dimensão histórica da variação linguística, podemos afirmar que possuímos formas diversificadas de nosso falar por ora haver retenções de estágios anteriores ou por estarmos mudando o uso dos vocábulos para nos adequar a grande evolução temporal.


Variação geográfica

O Brasil apresenta um vasto território, caracterizado por regiões geográficas diversas. Com isso temos diferentes formas de pronúncia, vocabulário e estrutura sintática.
Basta uma singela frase ou uma simples palavra para caracterizar as pessoas pertencentes a cada um destes grupos.
 A variação se manifesta com maior evidência no léxico (vocabulário), nas realizações de determinados sons, como o “r”, “o”, “e”, “t” e no ritmo da fala, de maneira a distinguir áreas linguísticas e falares.
Mas no nível semântico também ocorre esta manifestação. Para denominar uma planta muito conhecida da família das  euforbiáceas temos nomeações diversas. Cada região uma denominação. Em Minas Gerais é conhecida como mandioca, no Rio de Janeiro como aipim e em Pernambuco, macaxeira ; evidenciamos pois a manifestação lexical da sinonímia. 
Percebemos que dentro de uma comunidade ampla, formam-se comunidades linguísticas menores em torno de centro polarizadores da cultura, política e economia, que acabam por definir os padrões linguísticos utilizados na região de sua influência.


Variação social

A variação social está relacionada a fatores sociais como etnia, sexo, faixa etária, grau de escolaridade e grupo profissional. Os vários estudos que enfocam este tipo de relação língua/fatores sociais têm privilegiado a variação morfo sintática ou a morfo fonológica.
Na comunidade belorizontina, por exemplo, a forma reduzida do pronome pessoal de 3ª pessoa ele para “eis” e “es” ocorre com maior frequência e é, portanto, favorecida na fala das pessoas de baixa escolaridade, isto é, que têm apenas o 1º grau.

Fica claro que a variação social não compromete a compreensão entre indivíduos, uma vez que alguns momentos de incoerência são sanados pelo contexto em que a fala se forma.
Comunidades diferentes vivenciam experiências diferentes e isto se reflete nos respectivos sistemas linguísticos: léxico, morfológico e sintático. Um grupo acadêmico de uma universidade apresentará uma variedade linguística bem diferente de um grupo de vendedores ambulantes do interior do Brasil. Cada qual usará o recurso linguístico que lhe foi concebido em seu processo de aprendizagem para efetuar a comunicação.

Variação estilística

A variação estilística se faz presente na expressividade individual duma língua e considera um mesmo indivíduo em diferentes situações de comunicação: se está em ambiente familiar, profissional, o grau de intimidade, o tipo de assunto tratado e quem são seus receptores.
 Temos vários fatores direcionando a escolha da variação específica para cada ocasião. Uma pessoa pertencente a um grupo profissional, quando desenvolve um léxico altamente especializado, é em certas ocasiões inacessível aos leigos. Isto ocorre no momento em que uma pessoa de baixa escolaridade ouve um diagnóstico médico (feito dentro da nomenclatura específica, mas fora do conhecimento do ouvinte); em um parecer judicial (quando o juiz, promotor, advogado expõem os fatos analisados para um júri, que apesar de ter uma escolaridade média, não consegue apresentar compreensibilidade devido aos inúmeros termos em latim e vocabulário muitas vezes rebuscado).
 Tomando por base as informações até então, concluímos que as diversas modalidades de variação linguística não existem isoladamente, há certamente, uma relação mútua entre elas. Uma variante histórica pode resultar em uma variante geográfica; assim como uma variante geográfica pode ser vista como uma variante social ao se considerar a migração entre regiões.

Variação, Manifestação Ocasional Ou Intencional?

As variações provocadas pelos fatores geográfico e histórico tendem a passar pelos falantes sem que estes percebam a ocorrência das mudanças na língua. Talvez porque sejam tênues para o indivíduo enquanto as emprega na comunicação; uma vez que as mudanças ocorridas por estes fatores são lentas e gradativas.
Entretanto entendemos que os fatores social e estilístico agem na configuração de nossa língua sob a harmonia da sincronia presente, tornando a comunicação, um processo de construção de significados em que ocorre interação do sujeito com a sociedade. A língua assim será usada como instrumento de definição do que é a “pessoa” entre “as pessoas.” A variação linguística surge intencionalmente. 
 Tomamos como exemplo a linguagem dos internautas. O advento da internet trouxe muitas transformações e inovações e dentre elas no campo textual, que se difere significativamente de outras formas escritas tradicionais. Este tipo de texto apresenta novas características, uma vez que a própria escrita adquire uma forma nova, identificada por elementos verbais e não verbais, como imagem, ícones e som. Ao se criar uma linguagem peculiar, as comunidades da internet acabam por criar uma sociedade linguística restrita com suas especificidades próprias como: ausência de pontuações, ausência de acentuação gráfica, processos de redução e processos de alterações ortográficas.
 Todas essas modificações têm uma questão humana presente – construir e agregar novos amigos. Na ânsia de criar elos com indivíduos que compartilham os mesmos interesses;  cria-se um dialeto próprio que os agrupe e ao mesmo tempo os distancie dos demais falares.
 As variações linguísticas podem ocorrer naturalmente como resultado dos fatores espaço e tempo, mas também como recurso de individualidade, quer por uma pessoa ou uma comunidade.
 Independentemente da intencionalidade ou não no emprego das variações, torna-se importante evidenciar os vocabulários diferenciados, como uma forma dos grupos marcarem presença na comunidade e seu papel de fator de projeção no meio social.
 É importante desmistificar a língua padronizada e respeitar a riqueza cultural presente nos falares que compõem a “língua portuguesa brasileira”.



Curso: Letras LL1 P33

Atividade para apresentar em sala de aula

Assunto: Variação Linguística

Matéria: Linguística geral

Prof° Martha Maldonado

Alunos:

Leonilda Cestariolli
RA - B44404 5

Marcio Henrique
RA - B4815 D3

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Resenha: Adeus professor, adeus professora? LIBÂNEO, José Carlos.


Adeus professor, Adeus professora

                           Resenha

LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
José Carlos Libâneo é doutor em filosofia e História da Educação pela PUC-SP. Em São Paulo, até 1972, foi diretor de escola pública, professor em instituições de ensino superior e colaborar em projetos da Secretaria de Educação Estadual. Em Goiânia, trabalhou na Secretaria de Educação em programas de formação e capacitação profissional de professores. Professor titular da Faculdade de Educação na Universidade Federal de Goiás, coordenou por quatro anos o Mestrado de Educação. Atualmente é professor na Universidade Católica de Goiás. Escreveu Democratização da escola Pública; a pedagogia crítico-social dos conteúdos (ed. Loyola), didática (Cortez, 1994), Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente (2001) co-autor em seis livros. Pesquisa e publica artigos em revistas especializadas sobre teoria da Educação, Didática e Organização Escolar.


Neste livro o autor apresenta assuntos relacionados a novas exigências na formação de professores, tendo em vista, uma melhor qualidade de ensino para todos, diante das transformações tecnológicas e científicas que intervém nas várias esferas de nossa vida social, as quais impõem drásticas mudanças políticas, culturais, econômicas e sociais, demonstra a necessidade da valorização da escola e da valorização do professor sem, contudo, esconder os problemas existentes, tais como, falta de políticas globais e poucas medidas por parte do governo, no que diz respeito a “reformas” para a educação e, além disso, a falta de qualificação profissional do professorado, a tendência de desprofissionalização e o decréscimo do conceito social da profissão na sociedade.
O autor propõe que a escola, ao deixar de ser mera transmissora de informação, deve transformar-se em um lugar de análise crítica e de produção de informações. O conhecimento deve possibilitar a atribuição de significado à informação. A escola precisa introduzir o aluno no significado da cultura e da ciência.
Os docentes, segundo o autor, precisam assumir o ensino como mediação na aprendizagem ativa do aluno.O professor deve contribuir para ligar o conhecimento científico a uma cognição prática, incentivando o aluno a compreender a realidade e transformá-la.
Destaca também que se deve desenvolver comportamento ético e saber orientar os alunos em valores e atitudes em relação à vida e às relações humanas. Aponta também para a necessidade de se resgatar a profissionalidade do professor, ampliando a ação dos sindicatos. Assim, essa profissão ganhará mais credibilidade, contribuindo para que os professores em exercício e se unam em torno da idéia de que ensino de qualidade, aliado às exigências do mundo contemporâneo, deva ser visto como uma questão moral, de convivência e de sobrevivência profissional.
A estrutura organizacional da escola básica embora afetada nas suas funções mantém-se como instituição necessária à democracia. Não é possível uma reforma educacional, nem proposta pedagógica, sem professores.
O educador  precisa compreender que, dentro do o novo contexto educacional,  terá que  constantemente se adequar, progredir, estar inserido no mundo moderno e tecnológico, aceitando que os métodos antigos são “antigos”, que a globalização transformou o mundo numa vizinhança onde ao menor “clic” num “mouse” leva você a qualquer lugar do planeta, onde tudo está acontecendo. Vários educadores se recusam a admitir inovações como a técnica do “aprender a aprender”, onde o aluno se torna capaz de pesquisar os assuntos a serem discutidos na próxima aula.
Através da leitura deste livro entende-se a necessidade de que cada profissional da área de educação precisar estar capacitado para exercer o cargo de educador do futuro, participando de cursos, oficinas e seminários, objetivando tornar-se um profissional pronto para se adequar ao mundo tecnológico. Quem se opuser a esta nova performance de mercado será provavelmente engolido por ele.


Leonilda Cestariolli
Ra B44404 5

Marcio Henrique
RA - B4815 D3





terça-feira, 22 de maio de 2012

Línguas ( Vidas em português)

Esse vídeo foi apresentado na aula da professora Martha ( Linguística) e da professora Adelaide  (GALP).  
Um presente em dose dupla para a turma do curso de Letras.


Neste vídeo apresenta os países que falam a língua portuguesa,sendo ela instituída como oficial em Portugal,Ilha da Madeira, Arquipélago dos Açores, Brasil, Moçambique, Angola, Guine- Bissau, Cabo Verde e Sao Tome e Príncipe. Diante da grandiosidade da língua, em países do MERCOSUL e obrigatório o ensino do português como disciplina escolar. A dispersão da língua em distintos deve-se principalmente a politica de expansão de Portugal, ocorrendo a exploração de uma grande quantidade de colonias, sendo assim, a língua da metrópole foi introduzida e logo se juntou com as culturas locais, formando uma diversidade de dialetos.  







segunda-feira, 21 de maio de 2012

Variação linguística 1º (vídeo)

Aula sobre variação linguística para alunos de 4º e 5º anos  (simulação)


Diante da apresentação do slide para a turma de letras, foi demonstrado um vídeo,(Jackson Five,personagem de um moto boy do programa CQC) onde foi possível analisar os diferentes modos sociolinguístico, diante de um grupo falante de uma variante linguística. pois, foi proposta uma avaliação através de uma conversa informal para a turma,onde os mesmos tiveram uma participação essencial no discurso de avaliação da variante apresentada no vídeo.

1. Assista ao vídeo  e pense um pouco sobre o modo como Jackson Five usa a Língua Portuguesa. Em seguida, iremos conversar um pouco sobre o vídeo.


 

  2.    Qual você acha que é a profissão do Jackson Five?

3.  Vocês conhecem alguém que fale de forma parecida como a do Jackson Five?

4.  Vocês falam alguma palavra ou usam alguma das expressões linguísticas dele em alguma situação do cotidiano, por exemplo, na rua, com algum amigo?

5.  Vocês acham que uma pessoa que fale como o Jackson Five pode sofrer algum tipo de preconceito na sociedade?

6. Vocês consideram que Jackson Five usa “um Português errado”?





domingo, 20 de maio de 2012

Análise da conversação




Resumo

 A proposta do trabalho é realizar uma conversa  com um grupo de amigos, com a mesma faixa etária de idade,com o mesmo grupo linguistico, ou seja,compreensão  de fala entre eles.  Essa conversa surgiu da adolescente que veio fazer uma visita na casa de amigos, ao voltar da escola. Diante dessa situação dos falantes coloquiais a serem filmados, chamaremos a partir de agora de M1, M2 e M3. O objetivo principal deste estudo é analisar a interação da conversa informal entre os amigos falantes e participantes, deixamos os adolescentes a vontade, pois o foco a ser analisado no desenvolvimento do trabalho  seria um aspecto de uma conversa informal. 


M1.   Vamo:::  .... depois lá::: no ceret?

M2.    borá...

M1.  ai: a gente faz...aquela [[aulinha]]

M2.   [[ponte]]

M2   não não assim...não:::

M1.   [[você vai me ensinar]]

M2.   [[você é péssima]] ((rindo)) ou:::    tacêsica

M1.   brigada...valeu velh/ BOA amiga viu você é

M2.   há:::     tacêsica

M1.   diz logo que eu sou péssima

M2 .   é só questão de treino

M1.   AE: eu to pedindo o que?

M2.   Aula...mas não é a mesma coisa

M1.   bra na minha cara...

M1    ... então ai a gente aproveita corre e toma um milk shack do bobs


M2.    milk shack do BOBS     cinésica

M1.   mas eu não bebo eu to sem dinheiro ((rindo))

M2.    POBRE ((rindo))

M1.   fazer o que meus pais não me dão dinheiro

 [[rindo]]

M1.   brincadeira mãe ... (( rindo))

M2.    respira o amor e solta o rancor

M1.   VIXE: que porcaria é essa? ((rindo))

M2.   e pra você respirar sabia?

M1.   ta me dando é calor ((rindo)) juro: ...juro

M2.    a-credito...

M1.    essa blusa me dar calor pra caramba

M2.    então tira a blusa ((rindo))

M1.   ((rindo)) o que /que  estou fazendo?

M2.    ... (  ) uma foto

M1.    a::: que chata ((rindo))

M2.    a: eu não sou chata sou perfeita ((rindo))

M1.    não...você é muito convencida...você é convencida

M2.    eu não sou convencida...eu só me faço de convencida

M1.   [[ a:hn sei ]] a::: vá ((rindo))

M1.    ... que tonta... ele não come biscoito

M2.    então o que /que ele pegou biliscano (  ) no seu... pé ?

M1.    porque ele não come

M2.    então...(   ) pé então ((rindo))

M1.    ele gosta do meu chulé ((rindo)) ... Eu não tenho chulé mas...

M2.    todo mundo fala que tem chulé ((rindo))

M1.    tô brincando...ho-ra não sabe levar nada na brincadeira

M2.    ...é (   )

M1.    ahã sei...

M1.   eu contei que eu fiquei com todas as notas azuis

M2.   Eu te contei que hoje é reunião e eu não sei das notas?

M1.   va:::i leva::r bro:::nca... Va:::i leva::r bro:::nca... Va::i leva::r bro::nca ... (   )

M2.   (( rindo))

M1.   Não pode

M2.   ME DEIXA

M1.   ... Deixa eu dizer

M2.    ahã...

M1.   você acha que vai ficar de:: castigo? ...eu sinto que você tirou notas vermelhas

M2.    a::m em matemática você já sabe que vou tirar nota vermelha

M1.    MUITO BEM ... isso não vai dar certo

M2.    ... em educação física fui ate bem ((rindo))

M1.    que foi huckinho?

Silêncio

M1.    [[o que é isso]]

M2 .   ... (   ) ((rindo))

M1.    ao acordar cada amanhecer com a certeza de que... tudo poderá acontecer... i Love you... 
   ha::: my mo::m

M1.    ... você viu (   ) o que eu fiz?  [[Ah viu]]

M2.    [[vi]]

M1.    mamãe amo::u

M2.    não gosto de (  ) sobre amor

M1.    MAMAE  A-MOU ...nao e sobre amo::: minha mãe amou

 silêncio

M1.    a::: não bate

M2.    ... (   )

M1.    por favor...  (    )  esta olhando

M2.    (   ) por ter dado perdida

M1.    porque ?

M2.   ...(   )

M1.   nada ... haver

M2.   agora que eu (   ) uma coisa idiota ...mas enfim  ...(    )

M1.   é::  so se  re-ve-lan-do

M2.   ...porque você esta usando meu óculos ?

M1.    porque eu quero

M2.    E MEU ...deixa é que eu so/sou[[ branquinha]]

M1.   [[chata]] ... e eu sou nega

M2.    Dener esta fazendo macumba ali atrás ((rindo)) 

M1.    que/que isso?

M2.    macumba (   ) demônio (( rindo))

M1.    ...(   ) (( rindo))... lindo

M3.     sou ***

M1.     ta- ta -ta -ta



M3.   ...(   ) (( rindo))

M2.    é castigo de/ deu to falando [[i/sso (   )]]

M1.   [[ em frente ao]]meu portão te esperei...te esperei não veio  cinésica

M3.   Pa: inho que Ca:::rinho...

Silêncio

M2. ...(   )

M3.  Ta no:::  no/ twitter ai: ?

Silêncio

M1.    perai ...     cinética   ...você vai ligar?

M2.   ãh

M3.    box? ... isso é box? [[ é Box?]]

M1.   [[ na festa]] vejo você dançando com [[outra mulher]]

M3.    [[nome da (    ) é Box? ]] ... aqui ai::: no / nos diamantes parece dois olhos

M1.  Será que você pensar q vou chorar me desesperar por (   )           cinética

M3.  romance (( risos)) ...zuado

M2.   Ta rodando a baiana aqui o:

M1  . EU SOU LINDA

M3.  e igual a (   ) eu nunca vi na minha vida...[[meus dedos]] tudo cortado dos cabelos dela

M1. [[abdoluta]] eu sou s-te-fa-ny:: ... vou sai, eu:: vo:u sai::

M3. Você ta vê::ndo ne?      
                         
M1.  me diverti:::  ... te esperando

M3.  Ele não come

M2.  [[não?]]

M3. [[Não]] come... e muito doce pra ele

M1.   Cinética

M3. Pois é::  né? ...Eu acho q vou va:zar


Preconceito linguistico


 Preconceito Linguístico: O que é, como se faz - Marcos Bagno




Resumo dos 8 mitos que cercam a nossa língua portuguesa aqui no Brasil.

 Mito n° 1: “A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”

Segundo o autor, esse é o mais sério mito pois é muito forte sua aceitação que até mesmo intelectuais de renome aceitam essa ideia. O problema dessa afirmação é que ela acaba com a inegável variedade linguística brasileira e exclui qualquer pessoa qua não fale no modo dessa "unidade" que nuca existiu. Até parece que no Brasil, um país de mais de 190 milhões de pessoas e o 5º maior em extensão territorial do planeta, todos falamos da mesma forma!?
Mito n° 2“Brasileiro não sabe português /Só em Portugal se fala bem português”
 Esse mito está relacionado a uma visão com complexo de inferioridade de um país colonizado por outro mais antigo e "civilizado". É claro que o brasileiro sabe português, o problema é que o português de portugal e o português brasileiro são diferentes. Não é a toa que existem duas gramáticas que diferenciam essa variedade da língua (a portuguesa e a brasileira). E também os portugueses tem falas que fogem a sua própria regra (o que é comum em todas as línguas).
Mito n° 3: “Português é muito difícil”
É claro que o português não é difícil pois crianças de 5 anos (conheço de até de 2) já conseguem falar português. A dificuldade está no estudo da gramática que, por ser baseada na de Portugal, é diferente da nossa língua falada. É o caso da mesóclise que todos aprendem na escola, mas na hora de falar nem a norma culta a utiliza (norma culta é aquela que é utilizada por pessoas que tenham nível superior).
Mito n° 4: “As pessoas sem instrução falam tudo errado”
Um grande exemplo que o autor cita para refultar essa ideia, é o fato de que uma característica das pessoas "sem instrução" falam é trocar o "L" pelo "R". Exemplo: chicrete, praca, broco, pranta.Estudando cientificamen­te a questão, é fácil descobrir que não estamos diante de um traço de “atraso mental” dos falantes “ignorantes” do português, mas simplesmente de um fenômeno fonético que contribuiu para a formação da própria lín­gua portuguesa padrão. As origens de algumas palavras que eram com "L" em sua origem e depois ficaram com "R"como por exemplo: branco (blank), brando (blandu), cravo (clavu), etc. E o que falar de Luís de Camões que escreveu ingrês, pubricar, pranta, frauta, frecha na obra Os Lusíadas!?
Mito n°5: “O lugar onde melhor se fala português no Brasil é o Maranhão”
Este mito, que eu não conhecia, se deve ao fato de que muitas pessoas no Maranhão utilizam o "tu" junto com os verbos em sua flexão clássica: tu vais, tu queres, tu dizes, etc. Porém no Maranhãotambém é comum o uso de expressões como: Esse é um bom livro para ti ler, em vez da forma “correta”, Esse é um bom livro para tu leres.
Mito n° 6:   "O certo é falar assim porque se escreve assim”
Outra forma de preconceito que não tem muito fundamento pois em nenhuma língua do mundo se fala do jeito que se escreve ou se escreve do jeito que se fala. Até porque a escrita surgiu para tentar representar a fala. Mas é perceptível que em línguas como o inglês e o francês é, praticamente, impossível, mesmo em sua própria gráfia, reproduzir todos os sons das palavras na escrita.
Mito n° 7: " É preciso saber gramática para falar e escrever bem”
Uma crítica que o autor faz para justificar essa afirmativa (mas não deixa de ser verdade) é que os grandes gramáticos não são bons escritores e vice-versa. Exemplos: Rubem Braga, Carlos Drummond de Andrade e Machado de Assis admitem ter dificuldade na língua.  
Mito n°8:  "O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social”
O autor também faz uma crítica ao fato de que se isso fosse verdade, os professores de português ocupariam o topo da pirâmide social, econômica e política do país. E em contra-partida um fazendeiro que não estudou muito e tem inúmeras terras ou cabeças de gado tem um poder político e econômico considerável.
Em todos estes mitos o autor defende a ideia que esse preconceito está mais ligado as questões sociais e regionais do país. Fica aí a dica: Cuidado para não discriminar alguém por sua fala pois ninguém fala errado, apenas diferente da norma padrão!


http://www.mundodse.com/2011/06/os-8-mitos-do-preconceito-linguistico.html